quando
23-24 Set 2017 16h |
sobre
A turma da Pós-Graduação em Curadoria de Arte da FCSH-UNL propõe um evento informal, livre e aberto a toda a comunidade, visando o aprofundamento da reflexão em torno da exposição, da coleção e da cidade. Neste evento, pensado como Maratona, cada orador/a dispõe de 10 minutos para a sua intervenção, período de tempo em que apresenta a sua perspetiva, a sua opinião, a sua investigação, o seu projeto, a sua ideia – o que considera relevante no contexto da dita reflexão. De facto, o convite endereçado pelo coletivo pressupõe já a pertinência do seu contributo, seja pelo domínio de um determinado assunto, pelo exercício de uma certa função ou, enfim, pela participação numa iniciativa que importa trazer a debate. |
ARTES MAIORES, MENORES E DOCUMENTOS |
Zé Rui Pardal Pina
15 Setembro 2017 |
As categorias da arte desde há muito que levantam celeumas. Se antes a divisão se afigurava relevante por uns e aviltante para outros, agora é saber se ainda faz sentido considerar este discurso como válido ou não – isto é, saber, no contexto da contemporaneidade, se esta cesura deve ser vincada ou simplesmente esquecida. É que a arte contemporânea veio esboroar e elidir todo e qualquer obstáculo teórico-prático que limite a expressão artística, resultando numa revisão ontológica da essência de obra de arte. |
Inês Cabral Fernandes
Marta Almeida Santos 15 Setembro 2017 |
CULTURA DO QUOTIDIANO: UMA REFLEXÃO SOBRE A HERANÇA DA VIDA SOCIAL URBANA |
Observa-se então uma existência paralela do objeto projetado, uma de usufruto público e uma de arquivo ou de contemplação museológica. Seguindo princípios museológicos convencionais, estas duas existências nunca se interseccionariam. A mudança de paradigma e a aproximação da vida museológica à vida social e política incitam o espectador à participação, à interação e à transformação da obra ou da exposição, como se do quotidiano se tratasse. |
A CIDADE SOBRE A MESA: O PALCO DE TODOS NÓSNo entanto, a cidade é algo que nunca conseguiremos compreender ou prever na sua totalidade, é um fenómeno que excede a nossa capacidade de descrição e de representação e, consequentemente, é sempre experimentalmente infinita. |
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entrevista Rui Almeida
imagem, som e edição Zé Rui Pina Pardal 21 Agosto 2017 |
entrevista
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entrevista
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entrevista Rui Almeida
imagem, som e edição Zé Rui Pina Pardal 21 Agosto 2017 |
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Perante uma coleção imensa, essa totalidade inalcançável, a exposição toma a forma de ensaio. Não apenas porque se lhe nega, logo à partida, a possibilidade da dimensão universal e da abordagem totalizante. Ora, a forma enuncia, por si só, o posicionamento do coletivo no desenvolvimento do projeto curatorial. Trata-se, antes de mais, de uma declaração de ignorância: o reconhecimento do inevitável desconhecimento, a partir do qual se estabelece a real abertura de espírito. |
GLITCH |
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O glitch, para além do impressionante e mirífico espetáculo de cores que proporciona, dá lugar ao pânico. O glitch é o começo de um esquecimento digital. A memória que o Homem delega à máquina para guardar esgota-se no glitch. [...] O apolíneo vira dionisíaco. O algoritmo vira dissolução, vira ruína. O glitch é o primeiro passo para uma (necessária) arqueologia digital. |
O que é um trabalho de grupo, ou um coletivo? Quantos elementos pode ter para o seu funcionamento ser exemplar? O bom senso diria não mais de quatro. Cinco, exequível. Seis, talvez, mas haverá sempre um cuja tarefa será difusa, como difuso se tornará igualmente o seu desempenho. Dezasseis? Uma multidão... |
A CURADORIA E A ARTE COMO PRÁTICAS SOCIAIS:
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Compreende-se, então, a curadoria enquanto prática social como a redação de um discurso que coloca em primeiro lugar o sujeito e a sua posição num momento crítico e singular, e só depois o discurso historiográfico, académico ou estético, que, por norma, está sujeito a abstrações linguísticas típicas dessas disciplinas. Não é que este último seja obliterado; é simplesmente a evidenciação da necessidade de uma inversão na ordem narrativa das coisas. |
SOBRE A
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Propõe-se uma forma de comunicação complementar à exposição física, onde o acesso à produção teórica, bem como às imagens e aos vídeos, se torna livre: é uma forma de democratização do conhecimento, permitindo estender os limites de atuação da exposição aos limites da internet. [...] Interessa trabalhar o património cultural, material e imaterial, mas também a experiência humana. À curadoria na galeria, soma-se outra nesta plataforma digital. |
ENSAIOS (SOBRE A MESA)
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